VI Seminário Quilombação

Rede Quilombação

No dia 13 de dezembro, sexta-feira, a partir das 17h00, no Plenário Teotonio Vilela da Assembléia Legislativa de S. Paulo, ocorre o VI Seminário da Rede Quilombação. No mesmo dia será entregue o Prêmio Beatriz Nascimento/Clóvis Moura 2019.

 

Confira a programação:
17h – Abertura
18h – Debate: O racismo e a conjuntura política brasileira

  • Dina Alvesdoutoranda em ciências sociais pela PUC/SP e coordenadora do depto. de justiça e segurança pública do IBCCrim
  • Dennis de Oliveiraprofessor da ECA/USP e membro da Rede Quilombação
  • Marisa FeffermanRede de Proteção e Resistência ao Genocídio
  • Fernanda ChagasRede Quilombação e Marcha de Mulheres Negras

Mediação: Manoela Cruz

20h30 – Entrega do Prêmio Beatriz Nascimento/Clóvis Moura 2019

  1. Sidney Santiago (teatro)
  2. José Fernando Peixoto Azevedo
  3. Rosane Borges (professora)
  4. Bancada Ativista da Alesp
  5. Blogueiras Negras
  6. Claudinho (SOS Racismo da Alesp)
  7. Isildinha Nogueira (psicóloga)
  8. Dina Alves (jurista)
  9. Fundação Amparar
  10. Mãe Wanda d”Ósun

21h30 – Leitura da Carta do VI Seminário

Confira evento no face VI Seminário Quilombação

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III Seminário Quilombação dia 10 de dezembro

A Rede Antirracista QUILOMBAÇÃO realiza no dia 10 de dezembro o seu III Seminário, aberto a todas(os) interessadas(os). O III Seminário será realizado em parceria com a Faculdade 28 de Agosto, o Sindicato dos Bancários de S. Paulo, a Editora Boitempo e o Instituto Luiz Gama. Ele será realizado no auditório do Sindicato dos Bancários de S. Paulo, na Rua São Bento, 413 – centro. (próximo ao metrô São Bento).

O momento atual em que se vive uma avalanche ideológica conservadora, com o avanço da direita em todos os países do mundo (destaque para a vitória de Donald Trump nos EUA), cerco às democracias das sociedades latino-americanas e um crescimento do pensamento nazifacista no Brasil.

O resultado eleitoral passado mostra a necessidade de se fortalecer o debate ideológico para o enfrentamento destas correntes direitistas.  Isto porque o racismo é uma ideologia de sustentação das desigualdades sociais estruturais no capitalismo dependente brasileiro.

A Rede Antirracista Quilombação, criada em 13 de dezembro de 2013 e que tem como o seu grande lema “A democracia não chegou na periferia” é formada por ativistas de São Paulo, Salvador, Porto Alegre, La Paz (Bolívia), Bogotá (Colômbia) e Austin (EUA) que pautam suas ações pela luta contra o capitalismo e o neoliberalismo, contra o extermínio programado da juventude negra e contra o machismo e a homofobia. Este seminário é um momento importante para a atualização das análises de conjuntura política e formação ideológica de todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa.

Participe do III Seminário Quilombação. As inscrições são gratuitas.

PROGRAMAÇÃO

8h30 – Início do credenciamento

9h – Abertura: Dennis de Oliveira (Quilombação/SP); José Antonio (Quilombação/RS); Julio Cesar Silva Torres (Sind. Bancários), Valdir Estrela (Quilombação/BA); Carlos Guterrez (Quilombação/Colômbia); Tatiana Azeñas (Quilombação/Bolívia); Julio Cesar (Sindicato dos Bancários SP); Representação da organização de imigrantes e refugiados africanos e haitianos no Brasil

Mediadora: Tatiana Oliveira (Quilombação)

10h – Mesa 1: Conjuntura nacional – Os impactos da PEC 241 e as políticas econômicas do governo Temer para a população negra

Expositores – Dennis de Oliveira (Quilombação/USP), Rosane Borges (USP), Silvio Almeida (Inst. Luiz Gama/Mackenzie), Márcio Farias (Nepafro), Alessandra Devulsky (a confirmar), Ana Tércia (Faculdade 28 de Agosto)

Mediadoras: Maria Gloria Calado (Quilombação)

LANÇAMENTO DA EDIÇÃO 27 DA REVISTA MARGEM ESQUERDA – DOSSIÊ MARXISMO E RELAÇÕES RACIAIS

12h30 – Intervalo para almoço

14h – Mesa 2: Mulheres negras e a luta contra a opressão de classe, gênero e etnia

Expositoras – Tatiana Oliveira (USP – Quilombação), Eliete Edwiges Barbosa (PUC – Quilombação) e Maíra Moraes (USP – Quilombação)

Mediadora: Márcia e Télia Lopes (Quilombação)

16h – Intervalo para café

16h30 – Mesa 3: Juventude Negra e a luta contra o genocídio

Expositor@s: Cláudia Rosalina Adão (USP – Quilombação), Marcelo Cavanha (Quilombação), Natália (Iniciativa Negra para uma Nova Política de Drogas), Joselício Junior (Círculo Palmarino)

Mediadores: Fábio Lopes da Silva e Manuela (Quilombação)

LANÇAMENTO DA CAMPANHA “UM POVO SEM MEMÓRIA NÃO É UM POVO LIVRE”

18h – Plenária final de encerramento

– Apresentação da Carta do III Seminário

– Apresentação da Comissão Política da Rede Quilombação

– Fala de representantes das organizações convidadas

FAÇA A SUA INSCRIÇÃO GRATUITA PREENCHENDO O FORMULÁRIO DISPONÍVEL AQUI

https://goo.gl/forms/9QfmmyA8LuVeIaci2

 

PORTO ALEGRE SEDIA O 2º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, SAÚDE E IGUALDADE RACIAL

 Porto Alegre sediou nos dias 5 e 6 de setembro de 2015 o 2º Congresso Internacional de Educação, segurança, saúde e Igualdade racial. Sob a chancela do grupo FACE DE ÉBANO e tendo a frente a professora e ativista dos direitos sociais Irlanda Gomes , o Auditório da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul foi palco de amplos debates sobre questões que permeiam o cotidiano da população afro-desecendente. A mão afro-brasileira na construção do estado de direito, este foi o painel que conferiu aos participantes uma visão bem clara de como as políticas públicas estão sendo discutidas e implementadas, para promoverem a igualdade racial dando VOZ E VEZ a comunidade negra que  lotou o auditório Dante Barone, propiciando  um debate franco e democrático no que se refere a questões de igualdade racial, discriminação, genocídio da população negra, empreendedorismo, aplicabilidade da lei 10.639/03, intolerância religiosa e saúde.11954690_1008347275881954_6758608288721989245_n

Professora Ana Lucia Rodrigues do Coletivo Negro por Negros de Santa Vitória do Palmar e a professora Irlanda Gomes do Grupo face de Ébano
Professora Ana Lucia Rodrigues do Coletivo Negro por Negros de Santa Vitória do Palmar e a professora Irlanda Gomes do Grupo Face de Ébano
Oscar Henrique Cardoso do grupo Multiétnico de Empreendedores Sociais de Canoas
Oscar Henrique Cardoso do Grupo Multiétnico de Empreendedores Sociais de Canoas
Ativista Social Felipe  Silva Alves da Universidade da Serra Gaúcha
Ativista Social Felipe Silva Alves da Universidade da Serra Gaúcha
Aleff Fernando diretor de combate ao racismo da União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul
Aleff Fernando diretor de combate ao racismo da União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul
Artista  e escritor Jonas Fernando de Pelotas
Artista e escritor Jonas fernando de Pelotas lançando seu livro Espírito Livre
Vera de São Lourenço do Sul, presentes nos grandes eventos da cultura afro-brasileira
Vera de São Lourenço do Sul, presente nos grandes eventos da cultura afro-brasileira
Sebastião dos Santos do Coletivo Enegrecer de Santa Rosa
Sebastião dos Santos do Coletivo Enegrecer de Santa Rosa

VARAL DE POESIAS – I Seminário Quilombação

O Coletivo Quilombação irá organizar, como uma das atividades culturais do I SEMINÁRIO QUILOMBAÇÃO nos dias 12 e 13 próximos, na Funarte, um VARAL DE POESIAS que será exposto no dia 13 no período da tarde.

Os que se interessarem em expor seus trabalhos poéticos deverão enviar para o meu email –dennisol@usp.br – até o dia 11/12 os seus trabalhos em PDF para impressão, podendo conter imagens em preto e branco (imagens coloridas eventualmente enviadas serão impressas em preto e branco). No trabalho deverá constar o nome do autor (que pode ser pseudônimo).

No corpo do email de envio dos trabalhos, colocar o nome completo, endereço, e-mail e se está inscrito no seminário (não há necessidade de participar do evento para expor, porém no caso de excesso de material a ser exposto, serão priorizados os inscritos e participantes).

A curadoria do varal de poesias será feita pela coordenação do Coletivo Quilombação.

Enviar também no corpo do email autorização para expor e publicar o trabalho no material de divulgação do Coletivo.
Saudações quilompoéticas
Dennis Oliveira

I SEMINÁRIO QUILOMBAÇÃO

Nos dias 12 e 13 de dezembro será realizado o SEMINÁRIO QUILOMBAÇÃO na Funarte: Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, próximo ao metrô Santa Cecília. INSCRIÇÕES GRATUITAS – Formulário de inscrição: http://goo.gl/forms/pNuvfLl8LN

PROGRAMAÇÃO – I SEMINÁRIO QUILOMBAÇÃO
12/12 SEXTA-FEIRA
19h – Abertura Solene. Sessão solene de abertura com entidades e autoridades Mediação: Tatiana Oliveira (Mestre pela USP e membro da Comissão Política do Quilombação)
19:30h – Debate: A conjuntura social e política brasileira e a dinâmica das relações raciais Alyson Mascaro (Prof. Associado da Faculdade de Direito da USP) Flavia Rios (Doutora em Sociologia pela USP) Mediação de Silvio Almeida (Prof. da Universidade Mackenzie e  membro da  Comissão Política do Quilombação)
13/12 SÁBADO
9h – Negros e negras: entre o movimento e espaços institucionais Marcos Zitto (Presidente do Conselho da Comunidade Negra – SP); Toninho Pinto (Secretário Municipal de Promoção da Igualdade Racial – SMPIR) Gevanilda Santos (Doutora em Ciências Sociais pela PUC/SP e militante do Soweto) Dennis de Oliveira (Professor Associado da USP e Coordenador da Comissão Política do Quilombação) Juninho Jr (Jornalista e Coordenador do Círculo Palmarino) Mediação: Marcelo Cavanha (Educador Social e ativista do Coletivo Quilombação)
10:30h Intervenção cultural: 100 Anos de samba

11h – Rodas de conversa: 1. MULHERES NEGRAS, coordenadoras: Erika Benedicto e Dulce Senna 2.  CULTURA E RELIGIOSIDADE, coordenadores: Tâmara Pacheco e Henry Durante

14h – Rodas de conversa: 3. JUVENTUDE NEGRA, coordenadores: Marcelo Cavanha e Claudia Adão 4. EDUCAÇÃO, coordenadores: Maria da Glória Calado e Fabio Lopes 5. MÍDIA, coordenadores: Tatiana Oliveira e Babel Hajjar
15h30 – Intervenção cultural: Exposição e Contação de História com Dona Jacira
16:00h – Plenária de encerramento: Assembleia final com a Coordenação Política do Quilombação
18h – Festa de encerramento: Comemoração do primeiro aniversário do Coletivo Quilombação Jantar, bolo e muito samba na UESP: União das Escolas de Samba Paulistanas. Convites para o jantar à venda via email: convitequilombacao@gmail.com

AS INCRIÇÕES PARA O SEMINÁRIO SÃO GRATUITAS

Formulário de inscrição: http://goo.gl/forms/pNuvfLl8LN

Lançamento da reedição do livro Dialética Radical do Brasil Negro, de Clóvis Moura

Dia 25 de novembro, terça feira, as 19h, na Funarte SP: Alameda Nothmann,1058 – perto do metrô Sta. Cecília:

Debate e lançamento da reedição da grande obra do prof. Clóvis Moura, Dialética Radical do Brasil Negro.

Os convidados para o debate são: Augusto Buonicore, Secretário-geral da Fundação Maurício Grabois; Rosa Anacleto, Presidenta da UNEGRO; Dennis de Oliveira, professor da ECA/USP e coordenador político do Coletivo Quilombação; Silvio Almeida, professor da Universidade Mackenzie e Presidente do Instituto Luiz Gama; Marcio Farias, Coordenador do Nepafro e Gevanilda Souza, Doutora pela PUC/SP e membro do Soweto Organização Negra.

lançamento clovis moura

Ver TV debate a representação do negro na televisão

O programa Ver TV debate a representação do negro na televisão e conta com a presença de dois ativistas do Coletivo Quilombação: Rogério Ba-Senga e Tatiana Oliveira, além de Joel Zito Araújo e o apresentador Lalo Leal.

Rogério Ba-Senga, Joel Zito Araújo e Lalo Leal
Rogério Ba-Senga, Joel Zito Araújo e Lalo Leal

Essa edição do programa Ver TV vai ao ar dia 21/11/2014 as 20h na TV Brasil.

Após a exibição na televisão, o episódio também poderá ser assistido na íntegra no site do Ver TV, no endereço abaixo:

Nota do Coletivo Quilombação: ATAQUES RACISTAS IMPEDEM DIREITOS DEMOCRÁTICOS A NEGROS E NEGRAS

A participação de negros e negras nos processos eleitorais sempre foi marginal na sociedade brasileira. Mais ainda a agenda de combate ao racismo. Apesar dos avanços institucionais nos últimos anos, como a aprovação de leis que criminalizam o racismo, que introduzem conteúdos sobre a história do negro nos curriculos escolares e as cotas nas universidades federais e no serviço público, quando se trata de presença de negros nos parlamentos e nos cargos de governo a situação pouco mudou.

Segundo dados do TSE, em 2010 apenas 3,7% dos parlamentares estaduais e federais eleitos são negros. No Congresso Nacional, este número é inferior a 10%. A população negra brasileira é de aproximadamente 50%.
A baixa representação de negros e negras no parlamento revela a elitização deste poder. O financiamento privado das campanhas eleitorais as transformou, em 2014, na eleição “mais cara” da história brasileira. Com isto, candidatos com apoio de grupos empresariais e grandes corporações econômicas acabam tendo uma maior visibilidade e condições melhores de serem eleitos que os demais. De fato, os empresários compõe quase 1/3 do parlamento.
Entendemos que esta distorção é fruto do racismo, no qual reserva a negros e negras lugares subalternizados de poder. Com isto, a agenda anti-racista fica comprometida de ser discutida publicamente pela pequena presença de negros e negras nos espaços institucionais. E os poucos negros e negras que conseguem furar este bloqueio sofrem constantes ataques de reputação.
Observamos isto na campanha atual. Além dos poucos candidatos negros e negras não terem estruturas de campanha significativas que possibilitem a sua eleição, ainda sofrem frequentemente ataques as suas reputações pessoais. Dois exemplos demonstram isto.
Orlando Silva, candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil, foi ministro dos Esportes e teve a sua reputação achincalhada por denúncias de corrupção fartamente divulgadas pela mídia com base em acusações de uma fonte que, inclusive, está sendo processada por desvio de dinheiro público. As denúncias custaram o seu cargo que, entre outras coisas, possibilitaria que ele tivesse papel de destaque na organização da Copa do Mundo de futebol realizada no Brasil em junho/julho deste ano. Em outras palavras, impediu-se que um brasileiro negro fosse o principal protagonista de um evento esportivo de visibilidade internacional.
As denúncias contra Orlando Silva foram arquivadas pela Comissão de Ética por falta de provas. A sua absolvição não foi noticiada com o mesmo destaque pela mídia e sua reputação foi assassinada com este jornalismo de campanha. Hoje, Orlando Silva é suplente de vereador na cidade de São Paulo e luta por uma cadeira no Congresso Nacional, tendo ainda que constantemente enfrentar esta imagem negativa construída pela mídia.
Cleide Donária é candidata a governadora estadual em Minas Gerais pelo Partido da Causa Operária (PCO). Entre outras bandeiras, Donária defende a desmilitarização da polícia (bandeira do movimento negro). No dia 14 de setembro, a candidata do PCO foi agredida com um soco por uma pessoa não identificada que, além de cuspir nela e ainda a chamou de prostituta, preta e vagabunda. Apesar de haver câmeras no local, o agressor ainda não foi identificado.
A deputada estadual Leci Brandão, também do PC do B, também recebeu ataques de pretensos evangélicos neopentecostais por conta da sua militância em defesa das religiões de matriz africana. Estas religiões têm sofrido constantes ataques aos seus espaços sagrados por grupos autointitulados evangélicos sob a alegação de que são religiões “satânicas”. Impedem, assim, o direito a liberdade religiosa. Lembramos que Leci Brandão é a segunda mulher negra a ser deputada em São Paulo.
Estes dois episódios não são isolados. Ao mesmo tempo que negros e negras reivindicam novos espaços, denunciam o racismo e exigem políticas de ação afirmativa, cresce a militância reacionária, principalmente nas redes. O goleiro do Santos F.C., Aranha, que denunciou o racismo de torcedores do Grêmio que o chamaram de macaco – fato que levou ao indiciamento de uma torcedora do clube flagrada pela TV cometendo o crime – foi hostilizado pelos torcedores em uma outra partida com vaias e ironizado por uma repórter de emissora local. Esta semana surgiu a denúncia da criação de páginas na rede Facebook em apoio à torcedora e as práticas racistas, criminalizando e ridicularizando personagens negras. No mesmo diapasão, a TV Globo lança a série “O sexo e as nega” que retrata a mulher negra como objeto hiper-sexualizado, uma síntese da opressão machista e racista. E parcela de artistas e personalidades do mundo artístico se unem em defesa do autor da série, criticando os ativistas anti-racistas.
Enfim, todos estes episódios demonstram o acirramento do enfrentamento do racismo no Brasil. O avanço pequeno de negros e negras em determinados espaços que até então lhes eram negados, como a universidade, o parlamento, as instituições governamentais, entre outros e também a tipificação e denúncia de comportamentos racistas em todas as áreas gera incômodos em grupos sociais acomodados com os seus privilégios raciais. Estas manifestações racistas impedem que direitos fundamentais, como o direito a ser votado, o direito a estudar, o direito de expressar sua religião, o direito a ter sua imagem preservada, a presunção da inocência, entre outros, sejam garantidos a negros e negras. Impõe-se, assim, um estado de sítio, uma negação dos direitos civis a negros e negras, um verdadeiro ataque à democracia.

PARTICIPE DA RODA DE CONVERSA DO DIA 11 DE SETEMBRO, AS 19H30 NA FUNARTE

Quilombativistas e amigos(as):

O momento político atual de eleições é de vital importância para a luta contra o racismo. Candidatos e candidatas se revezam nas campanhas, uns prometendo apoiar as bandeiras do movimento negro, outros com propostas que vão contra os nossos princípios, como a defesa do recrudescimento da violência policial, e outros que sequer tocam nos problemas mais graves que nos afetam. Percebe-se que o sistema eleitoral vigente, viciado pela forte presença do poder econômico, pouco espaço dá para a discussão das nossas temáticas. 

O Coletivo Quilombação, como uma entidade suprapartidária, não apoia oficialmente nenhum candidato, mas não se furta a discutir o momento político. Por isto, de acordo com o que foi decidido na sua última roda de conversa, elaborou um projeto político que faz uma análise do Brasil, de como as dinâmicas das relações raciais se desenvolvem e qual deve ser o nosso objetivo. 

Para nós, do Quilombação, não é possível avançar muito na luta contra o racismo mantendo o atual sistema de poder político, econômico e social, independente de governos ou de eventuais vitoriosos nas eleições, embora seja importante elegermos candidatos com o nosso perfil. Por isto, o nosso projeto político transcende o momento eleitoral e aponta para a necessidade de negros e negras construir um PODER POPULAR. 

Vejam os detalhes no documento. Independente das suas preferências partidárias e/ou eleitorais, venha participar desta discussão no DIA 11 DE SETEMBRO, AS 19H30, NO AUDITÓRIO DA FUNARTE, ALAMEDA NOTHMANN, 1058. Acima de tudo, nós quilombativistas acreditamos na construção coletiva dos projetos.

projetopoliticodoquilombacao